quarta-feira, 9 de março de 2011

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O carnaval acabou e a quarta-feira veio mesmo gris. Às vezes ela chega em sépia, noutras vem colorida mesmo. Mas hoje veio cinza, como seu nome apregoa. Eu estou como num pós-parto: absolutamente relaxada. Plena. Por dentro aquelas vehas palavras se ordenando em novos textos; por fora um pijama verde pistache, unhas esmaltes vermelhos e cabelos despenteados. Amanhã academia; Sexta-feira trabalho; Sábado desfile das campeãs com minha mãe; Domingo... Pede cachimbo, como na parlenda, porque domingo é dia de nada. De não fazer nada. Dia de chupar laranja com a família e lembrar de quando éramos dez (é já fomos dez). Bem, mas ainda é quarta-feira de cinzas. Hoje vou dedicar meu dia a costura. Estou terminando vários marca-páginas em formato de menina para distribuir às colegas de trabalho quinta-feira, pela passagem do Dia Internacional da Mullher. Dia que lembra uma tragédia, para que façamos diferente, sempre. Para que façamos a diferença. À noite vou ouvir Mozart, que a muito não visito e saborear vinho do Porto. Tawny. Dom José, porque o Ferreira acabou. Mas ainda é quarta-feira de cinzas... Quarta-feira. De cinzas.

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