sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Despedidas e até logos

Ainda agora voltei de uma despedida. Um até logo a um pai muito querido e fiquei pensando que não há nada, nada mais importante do que amar! A vida inteira se resume a isso, porque no final das contas o que permanece é o amor. Até logo.

Morandubas......

Hoje acordei pensando em Ganymedes José e seu livro "Depois o silêncio". Li o exemplar de um amigo que morreu aos 18 anos... Vida breve. Sempre. Uma amiga hoje se despede do seu pai. Fiz isso aos dez anos... A dor é a mesma. Não importa o credo. Saudade é saudade. Cada vez mais acho a morte uma indelicadeza. Aceito, compreendo. Mas me aborreço. Dói olhar a dor do outro. Dói a saudade. Acredito na morte como um nascimento ao contrário: a gente desaparece aqui pra aparecer noutro lugar. Mas, não tem conexão... Ainda não podemos dispor de uma Rede Social inter-planos... Quem sabe um dia. Morandubas à parte, setembro acaba hoje. E foram tantas as histórias (morandubas) Tantas vivências boas de contar. Sempre abandono meu blog, por falta de conexão à altura. No trabalho, trabalho, né?! E em casa, ô lentidão!! Quero contar do curso de especialização em que fiz matrícula, mesmo sem tempo nem pra terminar meus livros!; da fila pra cidade do Rock; das vivências lá dentro; quero contar das faixas dizendo que "mundo melhor só com Jesus", que considerei e considero um desserviço! Afinal EU fui ao Rock in Rio e vou aqualquer lugar com minha crença, com minha fé; e no final das contas é o que fazemos no mundo que nos diferencia. "Tudo nos é licito, mas nem tudo nos convém" dizia Paulo de Tarso e isso dá uma boa conversa... Enfim, quero CONTAR E CONTAR E CONTAR a BELEZA DE SER UMA ETERNA APRENDIZ....... Quem sabe daqui a pouco?!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Minhas andanças........

Sábado estive mais uma vez na Unigranrio, contribuindo para as conversas iniciais na segunda turma do Curso de Especialização em Literatura Infantojuvenil. Encontrei duas colegas da rede municipal, conheci outras profissionais de diversas áreas que também amam os livros e suas possibilidades de leitura... Pela manhã participei do II Encontro para a elaboração do Plano Municipal do Livro e da Leitura daqui de Duque de Caxias. Momentos distintos em que falei e ouvi sobre o mesmo tema. Considero tudo isso de uma riqueza sem fim! Nos contruimos através do ato de ouvir e falar desde que nascemos, não é mesmo?! ****** Ontem a vida me reservou outras emoções, ainda nesta área. Fui convidada, como autora, a participar de uma culminância de projeto literário na Escola Municipal Capitão Fuzileiro Naval Eduardo Gomes. O nome da escola é grande, não é?! E o trabalho com a literatura maior ainda! Fiquei encantada. E as lágrimas chegaram cedo, cedo... Percorrendo sozinha o espaço de exposições, antes que o trabalho efetivamente começasse, fui lendo trabalhos e biografias. Muitos autores queridos estavam por lá, em cartazes, resenhas, esculturas... No finalzinho deparei-me com minha própria biografia. Na verdade, quando vi meus livros e minha fotos, o nó na garganta foi tão apertado que nem parei... Fui caminhando devagar para o final da quadra, contendo o choro. Uma emoção muito forte me fez lembrar de vários momentos... Quando é que tudo começou mesmo? Por que, hein? Ufa. Lágrimas represadas, mas não a emoção! Começaram as apresentações. Assisti Bia Bedran, Ruth Rocha, Confabulando, Cecília Meireles, Raquel de Queirós... Todos lá, do meu lado. De repente um grupo de 5º ano começa a declamar poemas meus... Aí não deu pra segurar! Só Deus sabe onde é que eu estava quando escrevi "Forte?!"... Só ele me viu escrever, em Belém do Pará, "De novo"... Eu nem sabia que tinha esses poemas de cor! E ainda declamaram "Convite", que eu escrevi em 2001, na sala em que trabalhava na Secretaria de Educação na época. (E eu já impliquei tanto com este poema, minha nossa! Acho muito grande!) Lembrei muito de mim mesma, das muitas hellenices que sou; dos dias felizes e de dor que vivi... E a alegria era incontida porque sou feliz!! Tudo na nossa vida nos compõe. Não dá pra ser só alegre ou triste. Somos o conjunto da obra. =O) Ali, ouvindo aqueles meninos e meninas lendo minhas reminiscências, fiquei da idade deles e mais velha. E quando me levantei pra contar-lhes meu "Menino", cantei um acalanto antes e contei um segredo depois "Acreditem em vocês mesmos. E tenham fé". Hoje, no dia da árvore, eu lhes diria: plantem árvores de bem querer em suas vidas! Mas acho que esta receita eles já sabem.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Novamente na rádio...

Hoje estarei no programa Conversa Literária, conduzido pela professora Cíntia Barreto, na UNIGRANRIO WEB. O programa será ao vivo e eu já estou adorando! Aliás, por falar em adorar, ontem na FEBF foi lindo demais! Depois escrevo mais, agora meu cachorrinho não está deixando...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

XV Bienal do Rio de Janeiro

Hoje foi minha primeira Bienal como autora. Na primeira, em 1991, aos 21 anos, eu era uma jovem de short, como tantas outras, perpassando pelos stands. Sozinha. Às 14 horas, cheguei ao Rio Centro com o compromisso de contar e autografar no stand da Escrita Fina. Uma loba de 41 anos. Vestida como senhora que já sou, caminhei sozinha até o pavilhão azul, onde encontrei duas amigas. Antes de chegar ao "meu" pavilhão encontrei mais dois jovens amigos. O telefone tocou muitas vezes. Fisicamente eu estava sozinha. Mas tinha muita gente, muita história comigo. Muita vida! No stand, conversa com as atendentes, combinados, outros telefonemas e no horário marcado um grupo de meninos e meninas, acompanhados de suas professoras e alguns passantes, sentados ou de pé, me deram a honra de lhes contar histórias. A primeira foi "O Livro da Avó", do Luís Silva. Não poderia deixar de levar comigo, neste momento tão especial, a pessoa que me apresentou à doce Laura, minha editora. Luís esteve lá. Ao lado do meu coração. Na minha voz e mãos, enquanto eu passava as páginas. Tenho imensa gratidão por ele, que, generoso levou nosso "Menino" pra Escrita Fina. Contei isso e muito mais aos ouvintes. Falei como foi que o conheci e como ele conheceu meu jeito de contar essa lenda. Depois, claro, li "Um menino chamado Negrinho" Foi suave demais! Um menino, de nove anos, me presenteou com suas lágrimas de emoção. Ficou com os olhinhos marejados enquanto eu cantava e segurava o meu próprio choro. Aliás, tive vontade de chorar muitas vezes... Depois, contei pra eles como Laura descobriu e publicou Amor de Mãe D'Água; como Luiza ilustrou; falei pras crianças sempre prestarem atenção nas ilustrações e falei do Frederico, um dos meus próximos livros. Frederico sempre me faz chorar e foi mais difícil ainda pra segurar... Nos despedimos com aplausos e eu fui abraçar meu doce ouvinte. Disse-lhe que nunca tivesse vergonha de chorar. Nunca vou me esquecer disso tudo. Nunca.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Amanhecer

Hoje acordei com os pardais e twittei como nunca! Engraçado ver o dia nascer... Meus cãezinhos em volta, pássaros conversando, galo cantando (galo cantando!!) e minha filha ressonando sua 'adolescente poesia' de viver... Daqui a pouco vou pra Xerém. Desfile cívico. Tanta coisa linda já me aconteceu nesses primeiros dias de setembro. Tanta coisa louca também! (Ontem ouvi assim "é só saber trabalhar" de um profissional. Falou pra mim. Até tentei refrear, mas a ironia socrática que mora em mim 'pediu que ele me ensinasse'... Trabalho tanto e a tanto tempo, que chega ser assintoso ouvir uma frase dessa!) Vida que segue, amanhã estarei novamente na Bienal. Segunda-feira mediei um talk show, num evento da @SME_DC Amanhã irei como autora. Minha nossa, como autora! Deixa minha mãe saber disso (ela já sabe claro, é brincandeira) Minha primeira Bienal foi em 1991, e cá estou vinte anos depois, autografando. Um evento! Eu, duquecaxiense, guardada no seio dessa cidade da Baixada Fluminense, descoberta pela Literatura, depois de investir sorrisos e dores na escrita e reescrita de mim mesma... Obrigada, meu Deus, e que eu saiba usar esse dom para a alegria, para o Bem Maior. Amém.....