domingo, 25 de dezembro de 2011

"Quem terá perdido de todo a expressão infantil, se o próprio Cristo, Guia Supremo da Humanidade, abriu tenros braços, um dia, no berço da manjedoura." André Luiz, in Missionários da Luz

sábado, 24 de dezembro de 2011

Manjedoura Vazia....

Escrevi este texto faz muito tempo... A ideia veio quando vi o carrinho onde minha filha dormia vazio (eu a estava amamentando), mas ele custou vir. E, embora tenha tentado poesia, veio crônica. *************************************

MANJEDOURA VAZIA

Um homem caminhava só pelas ruas da cidade. Contemplava as pequeninas flores que teimavam nascer entre as pedras do asfalto, e se perguntava por que por mais tivesse amado, estava agora tão só? Por mais tivesse se doado caminhava agora tão sozinho?

Entardecia, era Natal.

Ao seu lado pessoas passavam apressadas para as últimas compras. Às vezes um ou outro parava para lançar-lhe um olhar meigo, cheio da compaixão que guardamos para sentir no natal. Tinham pena de sua roupa tão simples e sua solidão tão clara... Caminhavam em sua maioria em pequenos grupos, mas no fundo também elas estavam sós (daquela solidão das idéias sem par, dos amores unilaterais, dos desejos de mão estendida, de amigos), mas se negariam admitir! Vez por outra uma criança o apontava e dizia: “Mãe, olha o papai Noel!” e eram puxadas entre um lacônico “Anda, menino, anda!” ou simplesmente “Tá, meu filho, tá”. Não tinham tempo para os arroubos infantis.

E o homem caminhava.

Por que mesmo com tanta dedicação e carinho seus queridos o ignoravam num dia tão especial quanto aquele? Será que havia sido esquecido?

Nas ruas, decorações de todos os matizes com milhares de luzes que pisca-piscavam, disputavam a atenção dos passantes.

No entanto, alguém, como o fez Assis1, lembrou-se de montar um presépio. No meio da praça, Maria, José, os reis magos, pastores e cada animalzinho estavam ali representados. Só a manjedoura mantinha-se vazia a dizer da grandeza do recém nascido.

Um menino do alto de seus três anos, puxando a saia da mãe interrogava-lhe:

- Mamãe, cadê o Menino?

Neste instante o homem agachou, e estando da altura daquela criança, sentiu-lhe grandeza. Tocou-lhe carinhosamente nos ombros e, olhos nos olhos, como fosse também menino, pareceram efetuar ali mesmo um pacto de amor pelo mundo do porvir. Já não estava só. Sabia que agora não seria esquecido.

O pequenino então observando o homem que se levantara, virou-se para a mãe, e respondeu à sua própria pergunta:

- Esse Menino tá muito ocupado, né mãe?! Tá muito ocupado!

Não se sabe o porquê, mas naquela noite uma forte luz verde-azulada brilhou dentro da manjedoura vazia, como se o Mestre nos quisesse lembrar da mensagem de amor que veio trazer, nos quisesse dizer de Sua grande dedicação por cada um de nós...

Ah?! E o homem que andava só? Ora, esse Menino tá muito ocupado, muito ocupado!

1 – Francisco de Assis foi quem montou o primeiro presépio, no ano de 1223, e deixou a manjedoura vazia por considerar Jesus grande demais para ser representado.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Livros, livros, livros!

Segunda-feira recebi por email a capa de outro livro "Namoro encantado". Foi um verdadeiro presente de natal! Eu soube quando ele foi para as mãos da ilustradora (Luciana Carvalho), mas não imaginava que ficasse pronto tão rápido! Está lindo demais. Todo em nanquim. Lindo! E ainda agora recebi, em papel, completamente pronto, "A lenda do Alecrim".. Só suspirando, viu?! Ah.......

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

É Natal

Pela manhã participei de uma roda de leitura do livro "Vasos Sagrados", publicados pela Rocco, coordenada pela própria autora, Maria Inez do Espírito Santo. O livro trabalha os mitos indígenas brasileiros. É ótimo! E a roda foi maravilhosa. Éramos sete mulheres, falando de ancestralidade, intuição, do materno, terno, humano. Saí do Museu de São Bento, aqui em DC, em paz. Fotografei a paisagem e me encaminhei para o ponto de ônibus enquanto falava com minha filha pelo telefone. Quando cheguei no centro da cidade, liguei novamente pra ela e senti que seria assaltada. Lembrei-me de uma experiência assim que vivi no Leblon em 2007. O rapaz pegou meu celular se pendurando na janela do ônibus. Mas desbaratei. Confirmei onde era o novo ponto final com uma senhorinha que estava sentada ao meu lado e, na hora que ia descer, vi minha bolsa aberta... Tenho um pré pago da nokia, que foi todo mordido pelo meu cachorrinho, e um motorola, que é de linha. Adivinha qual foi pego? Pois é. Na hora vi quem tinha sido. O rapaz de meia idade ainda se ajeitava. Não vi o aparelho, mas sabia que tinha sido ele. Titubeei fração de segundos e, fingindo de boba, falei assim pra ele, ainda procurando pelo aparelho: "O senhor viu meu celular?" Ele fingiu que sua bolsa caíra, jogou meu celular no chão, apanhou e me perguntou: "É da senhora?" Eu, sem pestanejar, respondi: "Ô, meu fillho, obrigada. Deus te abençõe!" Ele desceu sem olhar atrás. Eu ligeiramente trêmula. Não tenho a menor dúvida de que fui instrumento para ensinar-lhe algo. Fiquei com a impressão que fora sua primeira tentativa de assalto. Talvez seja. Mas o mais importante é que não fomos agressivos. O Espírito de Natal está no ar! (Indo para a roda de leitura desejei meu primeiro "feliiz natal" à amiga que me dera carona) Jesus caminha pelo mundo. O Bem está na terra e todo ser humano pode fazer um bem, mesmo os infratores; mesmo os assustados; mesmo os que não acreditam no nascimento do Mestre; todos. Acabei me lembrando de outro assalto, esse concretizado, ocorrido há dez anos atrás. Eu me encaminhava para o trabalho, quando um rapaz sentou-se ao meu lado e lá pelas tantas anunciou: "Eu vou assaltar esse ônibus" Eu me virei, olhei nos olhos dele e disse: - Toma cuidado, não vai machucar ninguém, nem a você mesmo. - Vou assaltar você também, ele retrucou - Tudo bem. - Quanto você tem? - Dezoito reais. - Me dá escondido. Eu pedi que ele segurasse a minha bolsa; desisti, vendo que era um pedido meio doido; peguei o dinheiro do bolso do macacão que vestia e entreguei a ele, que pegou, pediu que eu olhasse para o outro lado e desceu, sem assaltar mais ninguém. Hoje tive certeza de que precisava contar essas histórias, porque o MUNDO TEM JEITO, e É POSSÍVEL FAZER UM BEM, sempre! Viva dezembro! É Natal!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Faltam 31 dias para 2012

É chegado o último dia de novembro... Quinta-feira passada vivi duas emoções muito ternas, mas fortes : um encontro com alunos do Colégio Sementinha, aqui em DC; e outro com professores mediadores de leitura do Rio, nos Jardins do Museu da República, no Catete. Pela manhã as crianças me receberam com os carinhos e perguntas mirabolantes que as caracterizam e eu adoro! Foi divertido contar-lhes histórias, ouvir suas hipóteses sobre minha idade, seus risos. À tarde foi intenso e gratificante falar da minha trajetória naqueles jardins onde tudo começou... Foi lá dentro que escrevi uma das crônica do Cenas Comuns (Entradas, saídas e bandeiras) E, antes de tudo, era por lá que eu caminhava antes de chegar ao consultório de minha terapeuta. Naquele lugar que hoje é museu, meu pai, menino, entregava seu trabalho nas mãos dos que prestavam serviços ao então presidente Getúlio Vargas... E lá estava eu, contando o caminhos das história em minha vida para um público de professores atentos e silenciosos. E não era um silêncio de enfado. Eles sorriam, concordavam ou não com a cabeça, e tudo era luz! A tenda, branca, era banhada por um sol morno e lindo. "Ah, é primavera"... Dissera Tim Maia! (O cantor que está mexendo comigo nestes últimos quinze dias) Hoje novembro acaba. O saldo?! Pra lá de positivo! Afinal sempre é tempo de recomeçar... Sankofa.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Como irmãos e como iguais

Hoje meu cachorrinho mais levado faz um ano. E já é pai! O papai dog mais doce e dedicado que eu jamais vira! É uma fofura vê-lo acariciando a cabeça de suas filhotinhas (apesar dos protestos rosnados da mamãe Bellinha). A gente aprende por todos os lados e de todas as formas nesse mundo... Ontem comprei o DVD do Irmão Urso (me desfiz do velho e bom VHS e estava sem a película). Comecei a assitir meia noite e alguns minutos, após assistir às contações de histórias adicionadas nos créditos. Eu me lembrava de quase tudo no filme. Na primeira canção, que ouvi completamente arrepiada, a emoção já era enorme! "Espíritos dos nossos ancestrais sejam nossos guias"... Lindo demais. Demais! É isso, meu cachorrinho me ensina sobre amor, porque no final das contas vivemos juntos "como irmãos e como iguais"

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

domingo, 13 de novembro de 2011

Últimos minutos do dia 13...

Novembro já vai ao meio (será que escrevi certo?!) e resolvo escrever nesses últimos minutos do domingo. Minha filha ouve heave metal, mas vou tentar blogar assim mesmo. Quarta-feira aconteceu algo muito sui generis em minha vida. Tenho passado maus pedaços com minha cadelinha, que operou dia 28 de outubro. Era para ser uma simples cesariana, seguida de castração (que não gosto, mas se fez necessária). No entanto a pobrezinha teve seus pontos rompidos duas vezes. Em quatro dias passou por três intervenções... Procurei dedicar-me integralmente à ela. Deixei de ir ao cinema duas vezes com a Amanda! E em Santa Teresa, bairro que adoro, para cuidar da Bellinha... Em meio a tudo isso, fica pronto meu livro "A lenda do Alecrim", lindamente ilustrado por Aline Haluch. Laura, nossa editora, me telefona na tarde de quarta, avisando que mandara o livro por email para que eu visualizasse. Lindo, lindo demais!! Aline foi uma escolha preciosa! Aliás, tenho tido muita felicidade com meus ilustradores. ;O) À noite, quando acabei de ler o livro novamente, tive uma vontade grande de escrever sobre Francisco de Assis, personagem que também amo muito. Tenho uma escultura entalhada em madeira perto de mim. É a primeira coisa que vejo quando abro meu quarto, todas as manhãs. Quando eu era pequena, gostava de jogar arroz no quintal, para os pardais. Um dia minha avó Carlinda me disse assim "Você deve rezar pra São Francisco, minha filha. Ele também gosta dos animais e vai sempre te proteger" Foi a primeira vez que ouvi falar nele. Nunca mais o perdi de vista! Na minha escola (Nossa Senhora da Glória) aprendi sua oração-cântico; na Igreja que frequentávamos (Nossa Senhora de Belém) louvávamos suas ações; via pela TV as bençãos aos animais todo 4 de outubro; e quando me tornei espírita, li uma obra sobre ele, escrita por Miramez, que me fez chorar tanto que minha mãe ficou preocupada comigo... Tadinha. +_+ Bem, mas essas são lembranças que passaram na frente do que eu realmente vim contar hoje. Na sexta-feira, eu estava com duas professoras-autoras que conduziriam roda de leitura na Sala dos Professores Mestre Paulo Freire, onde trabalho, quando Laura me ligou dizendo que queria fazer um pedido. André Cortes um ilustrador que ela admira muito, disse gostar de desenhar santos ... (comecei a gelar)... Ele tinha feito um São Francisco... (eu disse "ai, Laura, vai continua depois eu falo")... e me perguntou, prosseguiu Laura, se indicava algum autor para escrever sobre ele, o Santo,... Eu já estava chorando quando Laura acabou de falar, porque menos de quarenta e oito horas atrás eu começara a rascunhar a história!!
@_@
Então, é com uma alegria santa que comunico aos meus 14 leitores que em breve vou lançar minha história de gratidão a São Francisco, que chamo de São Chiquinho, que será ilustrada por André Cortes, graças a indicação da Laura.
}i{ ....... }i{ ....... }i{ ....... }i{
Ontem pela manhã, quando acordei, olhei pro meu São Chiquinho e disse assim "É, né, seu safadinho, você queria mesmo uma história!" Minha filha, espantada perguntou "Quê que é isso?" E eu, rindo, respondi: "Intimidades com o Santo" A gente se entende mesmo. Ele salvou minha cachorrinha e eu vou contar sua história. Tenho certeza de que ambos, desempenhamos nossas tarefas com muito amor! Sua benção, meu querido, que Deus Pai continue nos unindo, pois eu tenho muuuuuuuito o que aprender!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Paixão de Ler 2011

Dia 09, às 14 horas, estarei nesta edição do Paixão de Ler, falando sobre as imagens cariocas que me ajudaram a compor meu Poemar. Ao meu lado estarão outros autores que também vão conversar sobre seus livros nascidos nesta cidade que é Maravilhosa!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Trinta dias depois............

Pois é, outubro acabou... E foram tantas as acontecências!! Muitas coisas. Dentre elas voltar a encenar o Despertar de histórias. Foi dia 13, no Centro Cultural da Justiça Federal, quem diria?! Dia do mestre passei na FNAC da Barra lendo meus livros "Um menino chamado Negrinho" e "Amor de Mãe d'Água", e contando "A lenda do alecrim", que está quase pronto, com ilustrações de Aline Halluch. Ah! No dia 14, a sala onde trabalho (Sala dos Professores Mestre Paulo Freire) completou um ano de atividades e como parte da comemoração foi publicado o primeiro e-book da @SME_DC. "No chão da escola, acontecências de um universo apaixonante" é também a primeira obra literária da Secretaria Municipal. Eu assinei a organização do material, que doi todo elaborado por professores como eu, que contaram suas histórias através de contos, crônicas e poesias. Uma emoção atrás da outra! Sexta-feira, dia 28, nos reunimos num sítio arqueológico da cidade para repensarmos atividades para 2012. Durante a reunião, recebemos cartas de nossos familiares e amigos. Talvez eu não precisasse dizer, mas... Chorei muuuuuuuuito! Foi emocionante, durante uma reunião de trabalho, ler as palavras da minha filha; minha mãe; irmãs e até de um cunhado! E, à noite, ainda teve mais emoção: minha cachorrinha teve filhotes! Fêmeas: Luz (que viveu só um pouquinho), Lua de Mel (champagnhe como a mãe) e Lua Nova (pretinha como o pai). Deu trabalho cuidar, porque foi cesariana. Bellinha voltou ao veterinário para refazer a cirurgia no dia seguinte, mas fui testemunha de uma história lindíssima! Como Bellinha estava se sentindo mal, Gênesis, o papai-dog, tomou conta das filhotinhas o sábado inteiro e o domingo quase todo, até que ela assumisse enfim seu papel de cuidadora oficial da prole. Ele foi de um cuidado ímpar! Ficou ao lado das cachorrinhas o tempo todo, só saia para se alimentar e fazer seu pipi. Zelou incondicionalmente pelas filhas. Somente quando Bellinha acolheu as filhotas, é que vimos Genesis voltar a brincar! Hoje ele já voltou a ser o levado cãozinho da casa. Mas, a verdade é que, na impossibilidade de chegar perto das filhotinhas (agora Bellinha não deixa), ele se apropriou da almofadinha delas e dorme grudado, ainda por perto, para o caso de precisarem talvez... EIS QUE ENTRA NOVEMBRO COM BELAS HISTÓRIAS!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Despedidas e até logos

Ainda agora voltei de uma despedida. Um até logo a um pai muito querido e fiquei pensando que não há nada, nada mais importante do que amar! A vida inteira se resume a isso, porque no final das contas o que permanece é o amor. Até logo.

Morandubas......

Hoje acordei pensando em Ganymedes José e seu livro "Depois o silêncio". Li o exemplar de um amigo que morreu aos 18 anos... Vida breve. Sempre. Uma amiga hoje se despede do seu pai. Fiz isso aos dez anos... A dor é a mesma. Não importa o credo. Saudade é saudade. Cada vez mais acho a morte uma indelicadeza. Aceito, compreendo. Mas me aborreço. Dói olhar a dor do outro. Dói a saudade. Acredito na morte como um nascimento ao contrário: a gente desaparece aqui pra aparecer noutro lugar. Mas, não tem conexão... Ainda não podemos dispor de uma Rede Social inter-planos... Quem sabe um dia. Morandubas à parte, setembro acaba hoje. E foram tantas as histórias (morandubas) Tantas vivências boas de contar. Sempre abandono meu blog, por falta de conexão à altura. No trabalho, trabalho, né?! E em casa, ô lentidão!! Quero contar do curso de especialização em que fiz matrícula, mesmo sem tempo nem pra terminar meus livros!; da fila pra cidade do Rock; das vivências lá dentro; quero contar das faixas dizendo que "mundo melhor só com Jesus", que considerei e considero um desserviço! Afinal EU fui ao Rock in Rio e vou aqualquer lugar com minha crença, com minha fé; e no final das contas é o que fazemos no mundo que nos diferencia. "Tudo nos é licito, mas nem tudo nos convém" dizia Paulo de Tarso e isso dá uma boa conversa... Enfim, quero CONTAR E CONTAR E CONTAR a BELEZA DE SER UMA ETERNA APRENDIZ....... Quem sabe daqui a pouco?!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Minhas andanças........

Sábado estive mais uma vez na Unigranrio, contribuindo para as conversas iniciais na segunda turma do Curso de Especialização em Literatura Infantojuvenil. Encontrei duas colegas da rede municipal, conheci outras profissionais de diversas áreas que também amam os livros e suas possibilidades de leitura... Pela manhã participei do II Encontro para a elaboração do Plano Municipal do Livro e da Leitura daqui de Duque de Caxias. Momentos distintos em que falei e ouvi sobre o mesmo tema. Considero tudo isso de uma riqueza sem fim! Nos contruimos através do ato de ouvir e falar desde que nascemos, não é mesmo?! ****** Ontem a vida me reservou outras emoções, ainda nesta área. Fui convidada, como autora, a participar de uma culminância de projeto literário na Escola Municipal Capitão Fuzileiro Naval Eduardo Gomes. O nome da escola é grande, não é?! E o trabalho com a literatura maior ainda! Fiquei encantada. E as lágrimas chegaram cedo, cedo... Percorrendo sozinha o espaço de exposições, antes que o trabalho efetivamente começasse, fui lendo trabalhos e biografias. Muitos autores queridos estavam por lá, em cartazes, resenhas, esculturas... No finalzinho deparei-me com minha própria biografia. Na verdade, quando vi meus livros e minha fotos, o nó na garganta foi tão apertado que nem parei... Fui caminhando devagar para o final da quadra, contendo o choro. Uma emoção muito forte me fez lembrar de vários momentos... Quando é que tudo começou mesmo? Por que, hein? Ufa. Lágrimas represadas, mas não a emoção! Começaram as apresentações. Assisti Bia Bedran, Ruth Rocha, Confabulando, Cecília Meireles, Raquel de Queirós... Todos lá, do meu lado. De repente um grupo de 5º ano começa a declamar poemas meus... Aí não deu pra segurar! Só Deus sabe onde é que eu estava quando escrevi "Forte?!"... Só ele me viu escrever, em Belém do Pará, "De novo"... Eu nem sabia que tinha esses poemas de cor! E ainda declamaram "Convite", que eu escrevi em 2001, na sala em que trabalhava na Secretaria de Educação na época. (E eu já impliquei tanto com este poema, minha nossa! Acho muito grande!) Lembrei muito de mim mesma, das muitas hellenices que sou; dos dias felizes e de dor que vivi... E a alegria era incontida porque sou feliz!! Tudo na nossa vida nos compõe. Não dá pra ser só alegre ou triste. Somos o conjunto da obra. =O) Ali, ouvindo aqueles meninos e meninas lendo minhas reminiscências, fiquei da idade deles e mais velha. E quando me levantei pra contar-lhes meu "Menino", cantei um acalanto antes e contei um segredo depois "Acreditem em vocês mesmos. E tenham fé". Hoje, no dia da árvore, eu lhes diria: plantem árvores de bem querer em suas vidas! Mas acho que esta receita eles já sabem.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Novamente na rádio...

Hoje estarei no programa Conversa Literária, conduzido pela professora Cíntia Barreto, na UNIGRANRIO WEB. O programa será ao vivo e eu já estou adorando! Aliás, por falar em adorar, ontem na FEBF foi lindo demais! Depois escrevo mais, agora meu cachorrinho não está deixando...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

XV Bienal do Rio de Janeiro

Hoje foi minha primeira Bienal como autora. Na primeira, em 1991, aos 21 anos, eu era uma jovem de short, como tantas outras, perpassando pelos stands. Sozinha. Às 14 horas, cheguei ao Rio Centro com o compromisso de contar e autografar no stand da Escrita Fina. Uma loba de 41 anos. Vestida como senhora que já sou, caminhei sozinha até o pavilhão azul, onde encontrei duas amigas. Antes de chegar ao "meu" pavilhão encontrei mais dois jovens amigos. O telefone tocou muitas vezes. Fisicamente eu estava sozinha. Mas tinha muita gente, muita história comigo. Muita vida! No stand, conversa com as atendentes, combinados, outros telefonemas e no horário marcado um grupo de meninos e meninas, acompanhados de suas professoras e alguns passantes, sentados ou de pé, me deram a honra de lhes contar histórias. A primeira foi "O Livro da Avó", do Luís Silva. Não poderia deixar de levar comigo, neste momento tão especial, a pessoa que me apresentou à doce Laura, minha editora. Luís esteve lá. Ao lado do meu coração. Na minha voz e mãos, enquanto eu passava as páginas. Tenho imensa gratidão por ele, que, generoso levou nosso "Menino" pra Escrita Fina. Contei isso e muito mais aos ouvintes. Falei como foi que o conheci e como ele conheceu meu jeito de contar essa lenda. Depois, claro, li "Um menino chamado Negrinho" Foi suave demais! Um menino, de nove anos, me presenteou com suas lágrimas de emoção. Ficou com os olhinhos marejados enquanto eu cantava e segurava o meu próprio choro. Aliás, tive vontade de chorar muitas vezes... Depois, contei pra eles como Laura descobriu e publicou Amor de Mãe D'Água; como Luiza ilustrou; falei pras crianças sempre prestarem atenção nas ilustrações e falei do Frederico, um dos meus próximos livros. Frederico sempre me faz chorar e foi mais difícil ainda pra segurar... Nos despedimos com aplausos e eu fui abraçar meu doce ouvinte. Disse-lhe que nunca tivesse vergonha de chorar. Nunca vou me esquecer disso tudo. Nunca.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Amanhecer

Hoje acordei com os pardais e twittei como nunca! Engraçado ver o dia nascer... Meus cãezinhos em volta, pássaros conversando, galo cantando (galo cantando!!) e minha filha ressonando sua 'adolescente poesia' de viver... Daqui a pouco vou pra Xerém. Desfile cívico. Tanta coisa linda já me aconteceu nesses primeiros dias de setembro. Tanta coisa louca também! (Ontem ouvi assim "é só saber trabalhar" de um profissional. Falou pra mim. Até tentei refrear, mas a ironia socrática que mora em mim 'pediu que ele me ensinasse'... Trabalho tanto e a tanto tempo, que chega ser assintoso ouvir uma frase dessa!) Vida que segue, amanhã estarei novamente na Bienal. Segunda-feira mediei um talk show, num evento da @SME_DC Amanhã irei como autora. Minha nossa, como autora! Deixa minha mãe saber disso (ela já sabe claro, é brincandeira) Minha primeira Bienal foi em 1991, e cá estou vinte anos depois, autografando. Um evento! Eu, duquecaxiense, guardada no seio dessa cidade da Baixada Fluminense, descoberta pela Literatura, depois de investir sorrisos e dores na escrita e reescrita de mim mesma... Obrigada, meu Deus, e que eu saiba usar esse dom para a alegria, para o Bem Maior. Amém.....

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Comemorações!!

Hoje à tarde estive na E.M. Zilda Arns. Foi o primeiro ano de atividades da escola. Todos se reuniram na sala de leitura e enquanto as crianças se sentavam me lembrei do ano passado, quando fui à inauguração... Fazia um sol de rachar e todos estavam muito felizes! Márcia Santos, a diretora, era toda sorrisos! O mais lindo é que hoje a única diferença era a temperatura: fresquinha. A alegria era a mesma! E agora compartilhada por várias professoras que estão escrevendo juntas a história dessa escola. Contei histórias, claro. Nem contei bem, mas os olhinhos generosos das crianças estavam lá, fixos. As gargalhadas então, são um alimento e tanto!! Sempre acabo me encantando por um ou outro em especial. Hoje foi a Ana Luiza. Uma fofa.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dizendo o que se passa, com música

"Lá vou eu de novo /Coração nos olhos /Num final de tarde /me sentindo assim" ... Bem, daí que não é vontade de rever ninguém em especial, mas de olhar com olhar renovado - renovo, eu queria dizer, criando uma nova palavra. Pra olhar o mundo com criança: sem névoa, nem dúvida, nem nada que não fosse intensidade e alegria, mesmo quando se leva tombo...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Hoje.......

"Hoje eu preciso tomar um café" E pensar no caminho a seguir como professora... À noite vou revisitar "As pequenas memórias" do Saramago. Será bom.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Recreio nas férias - 20, 22, 25 e 26 de Julho

E, hoje, na "Escola Mauro de Castro" esta fofa me disse quando acabei de contar histórias: -"Tia, sua voz é tão bonita! Volta muitas vezes!" Como vale a pena nessa vida, se a gente pode, com tão pouco, fazer essa gente miúda sorrir...
Na "Escola José Camilo" olhares atentos nesta Sala de Leitura linda toda vida!
Quarta-feira entre os encatadores pequenos o CIEP Carlos Chagas

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Blogando novamente

Bom dia de inverno esse. O sol aquece mornamente lá fora; ouço Mozart aqui no trabalho; e, com uma sobrinha de tempo, consigo, enfim, acessar o blog. Não estava conseguindo acessar minha conta e por isso um abandono tão grande ao blog. (Embora eu demore mesmo a escrever por aqui!) Então, neste quase um mês muita coisa boa aconteceu, graças a Deus. Salão do Livro; várias apresentações de uma performace que faço ao lado da minha amiga Ana Maria Pereira, contando e cantando Chico Buarque (ah!); viagem à Bahia; OFF FLIP; encontro com leitores; plim plim plim, só coisa boa! (O que não foi bom não vou ficar lembrando!) Bem, preciso voltar ao trabalho. Torço para que o Blogger volte ao normal e me permita escrever amanhã e depois e depois.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

E por falar em tempo...

O tempo anda brincando de esconde-esconde comigo... Sempre perco. Quando estou no trabalho, os afazeres inerentes a ele me impedem de escrever; quando estou em casa, preciso dizer à ela que moro lá; quando enfim, sento no sofá, o sono canta suavemente em meus ouvidos, os mais doces acalantos... No sono, sonho novos textos. Acordada, espero o tempo de escrevê-los. Talvez hoje. Quem sabe mais tade... Amanhã?! "Amanhã será um lindo dia, da mais pura alegria que se possa imaginar" Enquanto minhas palavras aguardam, visto-me com a dos outros. Também é um bom caminho.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Notícias do site

Ufa! Depois de longo e tenebroso inverno sem acesso ao meu site, cá estou! Se tivesse nascido no fim do século passado tiraria de letra as complicações na Rede, mas como nasci em 70... Pois bem, o site ainda não está no ar, mas o blog pode ser visto pelo domínio www.helleniceferreira.com Agora é esperar o tempo do webmaster... Qual será esse tempo não sei, mas ao menos já posso voltar a blogar. Até breve!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

............

Caminhava para o trabalho, hoje bem cedo, quando vi a árvore mais linda do caminho cortada ao meio... Já tinha visto e indagado o porquê dias antes, mas hoje me doeu muito, novamente, aquela mutilação... É uma árvore linda, cujas flores nascem em cachos. Nessa eram brancos. Ela ainda está lá, mas não as flores, não seu restante, não inteira... Cortaram-na sob a alegação de que nela haviam muitas lagartas "que queimam"! Francamente eu nunca vi uma lagarta correndo atrás de ninguém pela rua!! Se estavam queimando é porque estava se aproximandoalém da conta. Cortaram uma árvore por causa das lagartas que virariam borboletas dias depois... Francamente, O MUNDO PRECISA DE AMOR............ Bom dia.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Outro livro pronto!!!!!!!!!!!!

Graças a Deus tem muita coisa boa acontecendo no meu caminho. O tempo e uma péssima conexão de internet que tenho em casa me afastam da blogsfera e acabo não escrevendo..... No entanto, ainda agora tive uma notícia surpreendente: "Amor de Mãr D'Água", meu segundo livro pela Escrita Fina Edições, com ilustrações de Luiza Costa, já está pronto!! Nasceu taurino, como meu pai. E nasceu suave, como a brisa. Estou ternamente feliz!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Aldeia Montessouri - Méier








Com Gabriela, divulgadora da ECM Distribuidora

Eis a filosofia da Escola. Por isso é tudo tão lindo.

Tanto tempo longe de você...

Eu até que não sou a maior fã de Roberto Carlos, mas confesso que hoje, quando vim bloggar lembrei-me dessa música que pus no título... 
Eu abandono meu blog! 
Deixo órfãos meus sete leitores, hehehe. 
Mas o que me trouxe aqui hoje foi uma alegria sem tamanho (o olha que tenho tido muitas!) Ontem eu visitei a escola Aldeia Montessouri, no Méier. Minha nossa, que escola linda! Projeto pedagógico, gentes, ambiente, decorações, trabalhos, tudo, tudo lindo! E ainda por cima eu fiz recebida pela reprodução das ilustras do meu "Menino"!! Coisa mais linda não há. As crianças, como sempre, me surpreenderam com as perguntas e eu, babando por elas, pela escola, e pela alegria que um livro pode proporcionar, fui respondendo e me emocionando, e contando histórias, e cantando com elas... Eu que já tinha vivido (e ainda vivo) tantas emoções como leitora, como promotora de leitura, como professora, estou cada vez mais às voltas com as alegrias de ser lida. 
Ah.............. Amo o caminho das histórias!!!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Memória e Patrimônio

Acabei de passar em frente à primeira catedral de minha cidade e, espantada, não a vi!! Derrubaram o prédio!!! Só há ruinas e escavadeiras onde minha memória ainda pode ouvir o riso da minha filha, pequenina, brincando por lá, dia desses. Senti uma sensação de mutilação. Sem exageros. Senti o quanto é fácil destruir, pôr fora, história, memória, respeito. Não entendo que estética é esta que, para fazer crescer uma cidade precisa tirar dela seus velhos moradores. Arrancar de seu chão, paredes, prédios inteiros que a viram respirar ar puro. Que a viram repleta de árvores e pássaros. A antiga matriz, já a muito tempo, era sede da Escola Paroquial São Francisco de Assis. Inicialmente só para meninos, a escola abrigara muitos meninos e meninas anos afora (como disse, minha filha estudou por lá) e fechara há mais ou menos três anos. Mas o prédio não fechara! Não caíra! Estava de pé como há mais de sessenta anos!! Meu Deus, aquele prédio tinha quase a mesma idade da cidade!! Agora, poeira. Pó. Chão sendo preparado para novo cimento. Certa feita um amigo me disse que "quando um lugar que amamos deixa de existir, ele é mais nosso do que nunca, porque viverá somente em nossa memória". Falávamos da casa em que vivi até os dez anos e já não existe mais. Naquela hora me acalentou sua frase... Mas hoje, agorinha, ao ver o prédio daquela antiga Igreja, antiga Escola, Memória e Patrimônio jogados no chão, não senti nenhum tipo de alívio com essa frase. Senti, confesso, vergonha... Muita vergonha. Na Igreja da Sé, em Lisboa, uma obra de restauração parou quando encontraram vestígios de uma civilização antiga. Aqui, na minha cidade, sessenta anos parece já ser tempo demais, "história demais" para um prédio continuar de fé...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

domingo, 17 de abril de 2011

O Catete e seus encantos...

Para mim é sempre uma alegria passear pelo Museu do Catete... Seus silêncios sempre me contaram imensos segredos; sugeriram caminhos; sopram ideias... Hoje, chão coberto de outono, estive na Livraria do Museu contando histórias ao lado de Cristina Villaça. Crianças e adultos na gentileza da escuta, nos entregaram seus olhares, multiplicando assim nosso desejo de contar e contar e contar. Lobato, Andersen, o "Tatu" da Cristina e meu "Menino" estiveram por lá, junto à cantigas, Pixinguinha e canta contos. Volto renovada, como sempre. Minha História é contar histórias.

sábado, 16 de abril de 2011

Num olhar, todas as palavras...

Silêncio: 
Chaplin vai olhar!

O doce Vagabundo


Houve um tempo em que Vagabundo era sinônimo de uma das mais singelas personagens que já se viu. Charles Chaplin dava forma, andar e expressões a Carlitos, um vagabundo desartrado, de piadas suaves, picardias infantis até...
Há 122 anos atrás nascia esse inglês que adorou a América do Norte como casa e de lá foi deportado para retornar apenas para receber um Oscar...
Quero ver de novo o olhar desse menino grande.
E quero vê-lo sempre.
E me alimentar de suas expressões.
Chaplin foi um homem a frente de seu tempo.
Hoje, tenho vontade de correr para o passado para ver se o alcanço...
Parabéns, Chaplin!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sala de Leitura Hellenice Ferreira (!!!!)

Na tarde da quarta-feira, recebi uma homenagem muito terna. A Escola Municipal Paulo Roberto de Moraes Loureiro inaugurou sua Sala de Leitura com meu nome! Os argumentos para a seleção me emocionaram: queriam um autor vivo (ótimo receber uma homenagem viva); que fosse nascido em Duque de Caxias (bom poder ser exemplo para os miúdos) e que gostasse de crianças (ameeeei essa parte!) Foi assim que selecionaram meu nome para a Sala e meus livros para o trabalho de mediação. Durante esta semana foi lido POEMAR. Tinha mar por todas as paredes e painéis da escola, que preparou-me uma outro surpresa: um livro construido com textos de professores e alunos. Foi um afago atrás do outro! As crianças me olhava sem acreditar que eu sou de verdade. Fiquei tão emocionada que não conseguia olhar para parte da minha fam[ilia que estava presente. Tentei n]ao chorar, mas não deu. Com todas as tristes notícias dessa nossa sociedade, ver mais de cem crianças ouvindo, interagindo, com todo aquele carinho e disciplina, foi tocante. Vou guardar estas imagens para sempre. Muito agradecida a todos!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

I'll need is love... Sometimes. Forever.


Estou sem fala com o ocorrido de ontem.
Sonhos assassinados.
Crianças mortas.
Todos vitimados.
O mundo precisa de amor.
Deus nos fortaleça.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ontem...

Ontem senti muita vontade de escrever, mas estava off Absolutamente off. Então fiquei pensando no quanto já não agimos sem internet. Fosse em outro tempo e eu teria escrito na agenda, num diário, numa folha de papel... Mas senti falta justo do blog. Sociedade moderna... Moderna, mesmo?!

"Parabéns, Andersen!" Parabéns, Laura!


A Contação que eu e Cristina Villaça fizemos na Livraria Malasartes dia 02 de abril, foi divulgada no Prosa e Verso, d'O Globo! Um luxo! Laura é uma pessoa maravilhosa. É 100%! Fico feliz por fazer parte desta equipe de apaixonados por livros e leituras. Vida longa à Escrita Fina Edições!!

sexta-feira, 25 de março de 2011

As meninas

Ontem remexi na história que dediquei à minha amiga Kika. Na verdade ela faria parte de um livro produzido a quatro mãos, mas acabou que meu As meninas saiu metido-a-livro-pronto! O curioso é o que o tempo fez com o texto e comigo, porque, pacientemente fui retirando umas palavras, pondo outras, sem alterar o sentido ou sentimentos, e, de repente gostei tanto do jeito dele agora... O professor Alexandre José ouviu minha leitura hoje e gostou também (ele é super crítico, então considerei um elogio e tanto). Espero que, nascendo em livro, outros ouvintes e/ou leitores também gostem. Cada vez mais as histórias me cativam...

quarta-feira, 23 de março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

sábado, 19 de março de 2011

SIMPLES: 365 dias depois

Somente agora me dei conta de que o livro Crônica para a cidade amada, organizado pelo Niskier, onde a minha representa Duque de Caxias, foi lançado exatamente um ano após meu livro de poemas chamado SIMPLES: 16 de março. Eita vida cheia de supresas, não é?! Simples assim :O)

sexta-feira, 18 de março de 2011

domingo, 13 de março de 2011

Dia Nacional da Poesia

Amanhã, dia 14, é o dia nacional da poesia. Gostaria acordar com Casimiro de Abreu, passar manhã com Drummond; brincar com Quintana até a hora do almoço; almoçar com Chico Buarque; bater um papo com Cora até o sol se tornar coralino; trocar cartas com Roseana; e, madrugada nascida, sair pra boemia com Vinícius. Viva longa à senhora Poesia! E aos devaneios que permite...

sábado, 12 de março de 2011

O outono se aproxima....

Tranquilo, o vento sopra por minha janela adentro. Suave e constante, deixa no ar um frescor ameno e convidativo. Venho para o computador e abro o arquivo de "Fênix", meu próximo livro de poesias. A própria fênix sobrevoa os poemas já escritos e deixa luz por sobre as páginas ainda em branco. O vento continua me abraçando carinhosamente. Cochilo sonhos e escrevo O outono se aproxima...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Para que não passe em branco

Dez de março. Sempre acredito que vou blogar diariamente. Eu tento... As vezes o caminho das histórias é feito de silêncio.

quarta-feira, 9 de março de 2011

O sol apareceu...

Eis que o sol apareceu. E na Sapucaí a apuraçao do Desfile 2011. Morro de raiva de duas coisas: 1- Esta base do blog sempre desconfigura minhas postagens; 2- A Mangueira começa sempre cheia de dez, depois... PS.: Eu torço contra a Beija-Flor.

Saramago e Amanda

Eu dissse (e vou costurar) mas resolvi ler o blog dos amigos antes. Então comecei pelo da Rose, fui para o da Amanda e... Estou lá até agora! Meu Deus, ela conta como foi que eu re-apresentei Saramago à ela! E ainda por cima foi o Jangada de Pedra. EU AMO ESTE LIVRO Além de gostar mesmo muito dele, ele me traz recordações maravilhosas do tempo em que a leitura foi feita. E Saramago, bem, dele nem preciso mas falo sempre: AMO AMO AMO Sua leitura não é mesmo fácil, corridinha. É muitas vezes arrastada, requer disciplina, mas depois que a gente pega o jeito sente falta!!! Amanda, que bom ter este José no caminho das nossas histórias! Saudade de você muito muito!!!

........

O carnaval acabou e a quarta-feira veio mesmo gris. Às vezes ela chega em sépia, noutras vem colorida mesmo. Mas hoje veio cinza, como seu nome apregoa. Eu estou como num pós-parto: absolutamente relaxada. Plena. Por dentro aquelas vehas palavras se ordenando em novos textos; por fora um pijama verde pistache, unhas esmaltes vermelhos e cabelos despenteados. Amanhã academia; Sexta-feira trabalho; Sábado desfile das campeãs com minha mãe; Domingo... Pede cachimbo, como na parlenda, porque domingo é dia de nada. De não fazer nada. Dia de chupar laranja com a família e lembrar de quando éramos dez (é já fomos dez). Bem, mas ainda é quarta-feira de cinzas. Hoje vou dedicar meu dia a costura. Estou terminando vários marca-páginas em formato de menina para distribuir às colegas de trabalho quinta-feira, pela passagem do Dia Internacional da Mullher. Dia que lembra uma tragédia, para que façamos diferente, sempre. Para que façamos a diferença. À noite vou ouvir Mozart, que a muito não visito e saborear vinho do Porto. Tawny. Dom José, porque o Ferreira acabou. Mas ainda é quarta-feira de cinzas... Quarta-feira. De cinzas.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Crônicas para a cidade amada

O professor Arnaldo Niskier organizou um livro chamado Crônica para a cidade amada, onde para cada uma das noventa e duas cidades do estado do Rio de Janeiro há uma crônica. Ele buscou escritores em cada cidade para falar de sua terra, como só um fillho saberia fazer.
Pois bem, eu escrevi sobre Duque de Caxias.
Estou orgulhosa, não disfarço.
Para escrever procurei ser obediente aos chamados internos... Explico.
Desde que recebi o convite, feito pela professora Roseli Duarte, Secretária de Educação, os pardais fizeram questão de serem mencionados, não saiam de minha cabeça. Contei então de uma manhã da minha infância onde, acordada antes de todos da família, pude ouvir a folia dos pardais numa queda d'água.
Descobri que eu tinha muito a dizer sobre minhas memórias desta cidade que me pariu, mas, como já disse, fiz dos pardais personagens principais da minha crônica. E citei nosso hino, cujo poema é de Francisco Barboza Leite.
Estou feliz. Como os pardais.
E ufanista. Assumida!
O lançamento da coletânea será dia 16 de março (não sei se por acaso, mas é dia de emancipação de Petrópolis, a cidade de minha avó materna), na Academia Brasileira de Letras.
Vou levar Duque de Caxias inteira por dentro de mim!
Meu pai, caapixaba que amava esta minha terra, ficaria orgulhoso.
Minha mãe, duquecaxiense como eu, está com os olhos azuis brilhando mais do que nunca.
Estou com um sentimento bom de filha bem educada :O)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Domingo....

Ouço música sob o sol escaldante deste domingo de fevereiro. A música é calma e enquanto ouço costuro bonecas-marca-páginas. Quantos domingos já vivi?

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sobre um dito popular

Dizem que a vida começa aos 40. Eu não sei bem, estou meio confusa... Acabei de completar um ano! :O)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Enfim!

Eis que hoje tive a notícia do efetivo nascimento - em papel! - do meu Menino chamado Negrinho.
Nasceu aquariano, como eu, três dias antes do meu primeiro ano de vida, já que a vida começa aos quarenta.
Vida longa ao Menino, como nos disse a Laura.
Que ele cavalgue o coração dos leitores e ouvintes com a mesma suavidade que o faz em meu próprio coração.
"Um menino chamado Negrinho", Escrita Fina Edições

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Confissão (Mário Quintana)

Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

...

Hoje, como já aconteceu várias vezes, utilizei um livro para dizer o que, em palavras não conseguiria...
É um livro belíssimo que fala de vida e morte.
Chama-se "Se um dia eu for embora...", da Ana Göebel.
Baseado numa conversa entre seus filhos, o livro vai mostrando o quanto podemos estar presentes na ausência.
As ilustrações, feitas por ela mesma, são belíssimas, em lápis pastel, diáfanas, com as cores da saudade.
Há coisas que eu não entendo...
Outras que não consigo dizer...
Mas não me furto de senti-las...
Estou azul por dentro, embora um amarelo forte apareça quando saio às ruas.
Não, não estou infeliz. Muitíssimo ao contrário!
Mas há sentimentos tão intensos que anoiteço ao sol e à noite tenho vontades de colo, silêncios e acalantos...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

domingo, 23 de janeiro de 2011

Macaé

Bate papo sobre Literatura Infantojuvenil na Unigranrio

Na tarde do dia 22 estive conversando com alunos do curso de especialização em litartura infantojuvenil, da UNIGRANRIO, a convite da professora Solimar.
Foi tão agradável que nem senti a hora passar e quase perdi o ônibus que me levaria para Macaé. O que não me causaria dor alguma, porque realmente foi muito bom estar entre pessoastão ávidas por falar sobre leituras.
Falar sobre, fazer e consumir Literatura é, sem dúvida, o caminho que mais gosto de trilhar!
Após nossa conversa, a foto-recordação, claro!

Fuga da Bellinha

Eu já estava prestes a sair para um bate papo com alunos da Unigranrio, quando minha cachorrinha fugiu de casa. Meu Deus, como eu chorei quando vi que ela tinha mesmo fugido! Foram trinta longos minutos até que a avistasse descendo a rua onde moramos. O ciúme que ela está sentindo pelo novo cãozinho é extremo. Ela sequer veioo em minha direção ou abanou o rabinho quando me viu. Parecia determinada a sair da casa onde julga ter sido trocado por outro canino. Se ela soubesse o quanto a amo... Ainda bem que a encontrei e resgatei, senão seria um dia dolorosamente inesquecível...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Fico pensando no que viveram as pessoas da Região Serrana do Rio e por mais que tenha ouvido, falado com amigos de lá, assistido pela TV, só quem sobreviveu saberá dizer com os sentidos abarrotados de dor, o que foi viver esta história e o que será conviver com a triste lembrança dela... Meu desejo, e de todos nós, é que o sol brilhe, não apenas no alto do céu, mas dentro deles para que a esperança brote e lhes dê forças...

Casablanca

Na madrugada de hoje foi exibido, por um canal fechado, o filme Casablanca. Comecei a ver e troquei a TV por uma costura rápida, até que o sono chegasse. Casablanca não é filme para se assistir sozinho... As despedidas nunca caem bem. Não aquelas que têm o mesmo teor do filme...

domingo, 16 de janeiro de 2011

As viagens de Gulliver

Quando eu era bem pequena, minha irmã Elisete lia para mim As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift. As ilustrações se parecem muito com essa que achei na internet. Não tenho certeza, mas talvez seja a mesma antiga publicação. Encontrei-me com esta personagem, muitos anos depois, lendo A Louca da Casa, da jornalista espanhola Rosa Montero. Hoje fui ao cinema com minha filha assistir a adaptação feita para o cinema. Foi bem atualizado, digamos assim... Cheio de propagandas, etc e tal, mas foi bom para me lembrar de dar uma relida nesta obra. Vou à ela!