quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Confissão (Mário Quintana)

Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto.

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