segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

.........

" meu amor, tem um jeito manso que é só seu..." Ontem ouvi Chico Buarque cantando esta canção. Confesso que até impliquei, porque gosto mesmo é de ouvir Bethania cantando essa música dele. Mas, era ele! E eu conseguia ver a cor de seus olhos: EU ESTAVA LÁ! ............. Hoje pela manhã, acordo com a notícia de falecimento de Bartolomeu Campos de Queirós. De repente, eu que nunca tinha lido a música do Chico de outro jeito senão o de amor amante, me pego pensando que meu Bartô também tinha um jeito manso que era só dele... Em lugar nenhum de outro livro eu vou me sentir tão acompanhada... Meu coração nunca mais vai deixar de tomar sol, dento de tanto mar de poesias... Ah, mar! Bartô era um daqueles homens que não se traduzem em palavras. Eu o amo com um amor único. Tenho por ele uma veneração terna; um respeito intenso; um carinho devocional. No final das contas fico me repetindo, porque o que sinto não tem palavras... Acho generoso libertá-lo, mas, vergonhosamente, choro sua ida, como quem atravessa um oceano para uma guerra e sabe que não vai mais voltar. Sei que vou revê-lo. Ele foi só ali. Um dia serei eu. Que bom que existem os livros. (Pena que não haverão outros) Que bom ter tocado suas mãos, como tocou meu peito cheio de carências poéticas; de interlocutores destemidos de amar; que bom Bartô... Que saudade tanta vai ficar......... Vai, querido, vai ser pássaro no céu, meu Frederico...

Nenhum comentário:

Postar um comentário