sábado, 29 de junho de 2013

São Pedro

Minha primeira dor de cotovelo foi num dia de São Pedro. Eu tinha 14 anos. Lembro-me até hoje de ouvir Titãs com o rádio de pilha embaixo do travesseiro, chorando porque as férias de julho haviam chegado e eu ficaria um mês sem vê-lo.
Tão bonito amor adolescente.
Tão bonito amor.
Hoje tantos anos depois, recordei essa história conversando com uma amiga que contou ter reencontrado amigos de infância através das redes sociais. Ela surpreendeu-se por ver que lembrava o nome de seu primeiro amor. Quem não lembra? Eu também lembro o nome desse rapaz inteirinho, e lá se vão quase trinta anos!

Mas hoje o dia de São Pedro, emoldurado por um sol que só o inverno brasileiro tem, me trouxe, além dessa lembrança, a de minha formação religiosa na infância.
Estou muito próxima, como já escrevi aqui, da igreja católica, de seus ritos, mas sobretudo, do seu modo contrito de buscar o sagrado.
Isto acabou se refletindo no set de Arteterapia que vivenciei.
A técnica expressiva era colagem e eu precisei apenas da imagem que anexei abaixo, para referendar minha passagem pelo tempo, meus encontros e reencontros como Sagrado, minha viagens e saudades dela, meus jeitos de amar.

Acho que à maneira de São Pedro, e tantos outros pescadores, estou refazendo minha rede, para que novas e eficazes pescas se deem. 
Desejo que, no futuro, a lembrança do dia de hoje me traga suavidade, como a do amor adolescente, e, sobretudo, a certeza de que nesta data comecei uma síntese de sucesso em minha vida.

Amém e... 
Viva São Pedro! 


Sobre esta Igreja, apenas sei que fica na Itália.
Queira Deus, meu próximo destino no Velho Mundo!

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