segunda-feira, 7 de junho de 2010

Capítulo 1 - Sobre como virei Hellenice com H e "LL"

Quando nasci, meu pai já havia se encarregado de me reservar quatro irmãs. Quis o destino (neste caso representado por meu pai) que o nome de todas elas começassem com a letra E. Viúvo, ele se casara com um broto de olhos azuis e cintura fina chamado Elza. Parênteses. Não herdei dela olhos nem cintura, mas meus bolos são maravilhosos! Bem, meu pai então vivia com cinco mulheres cujos nomes começavam com E. A primeira filha deste casamento não fugiu à regra, mas resolveu logo logo ir morar no céu, que é mais fresco e de onde se vê tudo melhor. 1970. Ano do tri! Tri legal! Embora a cegonha que veio me trazer ao mundo fosse estrábica e ao invés de me deixar em Caxias do Sul, tenha me atirado em Duque de Caxias mesmo (que hoje aprendi a amar!!), tive a sorte de aportar nesta família. Faltava-me um nome... Minha mãe escolheu Débora, mas minha avó materna vetou. Meu pai, esperto, sugeriu Elenice. Minha mãe, determinada, aceitou, desde que começasse com H. Feito. Mais ou menos, porque ao chegar no cartório, meu pai adicionou ao H, dois "eles". Pronto. Daí, passo a vida a dizer "é com H e dois 'eles' " antes de dizer meu nome em qualquer lugar. E, claro, pago sempre duas letras a mais em gravações. Mas, sou um divisor de águas na família. Se antes todas tinham o nome com E, depois de mim cada um teve uma inicial diferente - a família é grande! Como asas de uma gaivota trago os dois "eles" que equilibram um H pra lá de importante: meu começo.

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