segunda-feira, 7 de junho de 2010

Prólogo: Um breve autorretrato

Neta de um padeiro, olhos cor dos prados e uma lavadeira-xamã, com olhos de céu-à-noite; de um sapateiro-poeta e uma pescadora silenciosa; sou filha de um porteiro-pesquisador e uma guerreira com os olhos azuis mais claros e intensos que conheço.
Sou a mãe da Marina! Raíz da minha fertilidade, fruto do desejo de minha alma e flor-menina do meu coração.
Sou professora. De bebês, crianças, jovens, adultos e velhos que me ensinam sobre amar.
Sou feliz! E muito.
Grata a Deus que me ensinou a andar duas vezes, só nesta vida, e a levantar sempre que caio.Sou canção do Verbo Criador, feita mulher. Agradeço por isso. Sou barco. Tenho o timão do destino sempre entre as mãos suadas pelo desejo-de-mar... E o coração de fada, que voa, ama e odeia com força, com o peito cheio. Mas é o bom afeto que sempre fica.
Amo a chuva fina.
As palavras refinadas.
A neblina, que transforma tudo em sépia.
Amo o sol forte. O abraço que sufoca.
As bocas que ensinam. O palavrão na hora certa.
Amo o Amor, sempre. Tese e antítese humanas, minha síntese assina Hellenice Ferreira.
Mas sou mais (às vezes do mesmo): sou Hellenice. Hellen. Hellê. Lellê. Lê.
Nice, só pra família (qualquer tentativa externa de uso deste apelido
eu repilo!).
Sou o eterno-retorno, o jardim de Epicuro (?!), o rio heraclitiano. Socrática. Caótica. Existencialista. Realista à beça!
Sou contadora de histórias, mas acima de tudo: POETA.

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